Fitossociologia do componente arbóreo e florística de um remanescente de cerrado sentido restrito contíguo a áreas de agricultura na porção leste do Distrito Federal, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.17648/heringeriana.v7i1.1Keywords:
Cerrado stricto sensu, Distrito Federal, florí?stica, fitossociologiaAbstract
Na década de 1970 a região leste do Distrito Federal (DF) foi ocupada por grandes cultivos agrícolas, restando hoje poucos remanescentes com vegetação nativa. Em um trecho de reserva, com cerca de 85 ha de cerrado sentido restrito naquela região (15í°45'13" - 15í°45'30"S; 47í°33'55" - 47í°32'60"W), contígua áreas agrícolas, foram feitas coletas florísticas esporádicas entre 2009 e 2011. Em 2010 foi realizado um levantamento fitossociológico do estrato arbóreo, alocando-se aleatoriamente 10 parcelas de 20 m x 50 m. Foram amostrados todos os indivíduos com diâmetro, medido a 30 cm do solo, ââ?°¥ 5 cm. No inventário florístico foram encontradas 251 espécies, distribuídas em 157 gêneros e 59 famílias, das quais Fabaceae, Asteraceae e Malpighiaceae foram as mais ricas. Arbustos predominaram, seguidos por árvores, subarbustos, ervas, trepadeiras e emiparasitas. Na fitossociologia foram amostradas 72 espécies, 53 gêneros e 33 famílias. Fabaceae e Vochysiaceae foram as mais ricas. A densidade de plantas vivas foi de 1.584 ind./ha, com área basal de 13,96 mí²/ha. Excluindo-se o grupo das árvores mortas (o maior VI), as 12 espécies mais importantes representaram 50,8% da comunidade, destacando-se Qualea parviflora e Q. grandiflora. Apesar da alta riqueza a diversidade foi baixa (H' = 3,18; J' = 0,74), quando comparada a outras áreas de mesma fisionomia no DF. Embora antropizada e imersa numa matriz agrícola, a reserva estudada ainda mantém elementos florísticos comuns a outras áreas mais preservadas, e conserva espécies cujas populações já foram extintas em outras localidades do DF e entorno.
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