Avaliação do potencial alelopático e fitotoxicidade de Hymenaea stigonocarpa em espécies invasoras e cultivadas
DOI:
https://doi.org/10.17648/heringeriana.v15i1.917954Palavras-chave:
Controle de invasoras, rizosfera, jatobí?¡-do-cerrado, Megathyrsus, Ipomoea, Sesamum, TriticumResumo
O Cerrado é um hotspot mundial de biodiversidade e vem sofrendo com a expansão das áreas destinadas produção de commodities. Mais da metade de sua área foi desmatada ou transformada por ação antrópica, incluindo a introdução e/ou expansão de plantas oportunistas. Atualmente, inúmeras espécies se tornaram invasoras de ambientes naturais do bioma. Buscando mitigar este processo invasivo, a utilização de espécies nativas que inibam o desenvolvimento das plantas invasoras e ao mesmo tempo favoreçam a biodiversidade nativa representa uma estratégia promissora. Dessa forma, este estudo avaliou o potencial alelopático da rizosfera de plântulas de Hymenaea stigonocarpa (jatobá-do-cerrado) na germinação e crescimento inicial das espécies invasoras, Megathyrsus maximus e Ipomoea triloba, e da cultivada, Sesamum indicum, plantadas em solo previamente ocupado por plântulas de jatobá-do-cerrado. Ademais, avaliou-se o efeito fitotóxico do extrato aquoso de suas raízes em coleóptilos de Triticum aestivum, usando o percentual de inibição do seu crescimento. As espécies alvo plantadas em solo previamente ocupado por plântulas de jatobá-do-cerrado apresentaram inibição significativa do crescimento em comparação ao controle. A inibição do crescimento de S. indicum foi de 31% da parte aérea e de 48% da radicular; enquanto M. maximum teve inibição de 41 e 84%, respectivamente. Já I. triloba não germinou. Contudo, não se observou alteração significativa do alongamento dos coleóptilos de T. aestivum expostos ao extrato de jatobá-do-cerrado. Os resultados obtidos sugerem potencial atividade alelopática desta nativa sobre plantas daninhas, indicando seu uso como estratégia em processos de recuperação de áreas degradadas do Cerrado com o benefício de controlar o desenvolvimento de invasoras.
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Copyright (c) 2021 Sophia Motta Grossi, Natália Mendes Gomes Magalhães, Sarah C. Caldas Oliveira, Anabele Stefânia Gomes, Fabian Borghetti
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