Avaliação do potencial alelopático e fitotoxicidade de Hymenaea stigonocarpa em espécies invasoras e cultivadas

Autores

  • Sophia Motta Grossi Laboratório de Farmacognosia, Universidade de Brasí­lia, Campus Universitário Darcy Ribeiro. Brasí­lia-DF. CEP: 70297-400.
  • Natália Mendes Gomes Magalhães Laboratório de Farmacognosia, Universidade de Brasí­lia, Campus Universitário Darcy Ribeiro. Brasí­lia-DF. CEP: 70297-400.
  • Sarah C. Caldas Oliveira Laboratório de Alelopatia Alfredo Gui Ferreira, Departamento de Botânica, Universidade de Brasí­lia, Campus Universitário Darcy Ribeiro. Brasí­lia-DF.
  • Anabele Stefânia Gomes Laboratório de Termobiologia L.G. Labouriau, Departamento de Botânica, Universidade de Brasí­lia, Campus Universitário Darcy Ribeiro. Brasí­lia-DF
  • Fabian Borghetti Laboratório de Termobiologia L.G. Labouriau, Departamento de Botânica, Universidade de Brasí­lia, Campus Universitário Darcy Ribeiro. Brasí­lia-DF.

DOI:

https://doi.org/10.17648/heringeriana.v15i1.917954

Palavras-chave:

Controle de invasoras, rizosfera, jatobí?¡-do-cerrado, Megathyrsus, Ipomoea, Sesamum, Triticum

Resumo

O Cerrado é um hotspot mundial de biodiversidade e vem sofrendo com a expansão das áreas destinadas   produção de commodities. Mais da metade de sua área foi desmatada ou transformada por ação antrópica, incluindo a introdução e/ou expansão de plantas oportunistas. Atualmente, inúmeras espécies se tornaram invasoras de ambientes naturais do bioma. Buscando mitigar este processo invasivo, a utilização de espécies nativas que inibam o desenvolvimento das plantas invasoras e ao mesmo tempo favoreçam a biodiversidade nativa representa uma estratégia promissora. Dessa forma, este estudo avaliou o potencial alelopático da rizosfera de plântulas de Hymenaea stigonocarpa (jatobá-do-cerrado) na germinação e crescimento inicial das espécies invasoras, Megathyrsus maximus e Ipomoea triloba, e da cultivada, Sesamum indicum, plantadas em solo previamente ocupado por plântulas de jatobá-do-cerrado. Ademais, avaliou-se o efeito fitotóxico do extrato aquoso de suas raí­zes em coleóptilos de Triticum aestivum, usando o percentual de inibição do seu crescimento. As espécies alvo plantadas em solo previamente ocupado por plântulas de jatobá-do-cerrado apresentaram inibição significativa do crescimento em comparação ao controle. A inibição do crescimento de S. indicum foi de 31% da parte aérea e de 48% da radicular; enquanto M. maximum teve inibição de 41 e 84%, respectivamente. Já I. triloba não germinou. Contudo, não se observou alteração significativa do alongamento dos coleóptilos de T. aestivum expostos ao extrato de jatobá-do-cerrado. Os resultados obtidos sugerem potencial atividade alelopática desta nativa sobre plantas daninhas, indicando seu uso como estratégia em processos de recuperação de áreas degradadas do Cerrado com o benefí­cio de controlar o desenvolvimento de invasoras.

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Publicado

2021-06-24

Como Citar

Motta Grossi, S., Mendes Gomes Magalhães, N., C. Caldas Oliveira, S., Stefânia Gomes, A., & Borghetti, F. (2021). Avaliação do potencial alelopático e fitotoxicidade de Hymenaea stigonocarpa em espécies invasoras e cultivadas. Heringeriana, 15(1), 30–39. https://doi.org/10.17648/heringeriana.v15i1.917954

Edição

Seção

Artigos Originais

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