A comunidade lenhosa de cerrado rupestre na Serra Dourada, Goiás.

Autores

  • Sabrina Coutro Miranda
  • Manoel Cláudio da Silva Júnior Engenharia Florestal, Universidade de Brasí­lia.
  • Leandro Almeida Salles Engenharia Florestal, Universidade de Brasí­lia.

DOI:

https://doi.org/10.17648/heringeriana.v1i1.117

Palavras-chave:

�rvores, Hotspot da biodiversidade mundial, Conserva��o, Cerrado rupestre.

Resumo

O Cerrado rupestre é a comunidade vegetal que ocupa afloramentos de arenito e quartzito. Este é ainda encontrado em bom estado de conservação principalmente devido ao acesso relativamente restrito   maioria de suas áreas. Ocorre na Serra Dourada - GO onde foi objeto do presente estudo na Estância Quinta da Serra (16o 02' 01" S e 50o 03' 41" W) que visa avaliar a fitossociologia e a estrutura diamétrica do seu componente lenhoso. Para o inventário permanente foram aplicadas 10 parcelas de 20 x 50 m para a avaliação dos indiví­duos com Db30cm ââ?°¥ 5 cm, inclusive os mortos em pé. Foram encontradas 54 espécies de 43 gêneros e 25 famí­lias. O H= 3,13 nats.ind-1, equalibilidade J'=0,79, Chao 1= 66 e Chao 2 = 63 espécies refletem a alta diversidade florí­stica na amostra. A densidade total foi 1.137 ind.ha-1 e a área basal total foi 7,085 m2.ha-1.  As espécies mais importantes foram Andira vermifuga Mart. Ex Benth, Qualea parviflora Mart., Wunderlichia crulsiana Taub., Anacardium occidentale L. e Heteropterys byrsonimifolia A. Juss. A comparação com a fitossociologia de outras 23 áreas de cerrado sentido restrito no Brasil Central, em diferentes classes de solos, estudadas com o mesmo método, ressaltou diferenças florí­sticas e estruturais entre as áreas. A distribuição dos diâmetros indicou a tendência auto-regenerativa para a comunidade, onde 96% dos indiví­duos apresentaram Db30cm < 15 cm. O maior Db30cm foi de 41,06 cm anotado para um indiví­duo de Caryocar brasiliense Cambess. O pequeno crescimento em diâmetro parece ser uma das limitações impostas aos indiví­duos nestes ambientes. Os indiví­duos mortos "em pé" representaram apenas 2,2% da densidade total, 2,3% da área basal total e ocorreram em 70% das parcelas, o que salienta o estado de conservação da vegetação local. O cerrado rupestre estudado é composto por 21 (38,9%) espécies amplamente distribuí­das no Bioma, é portanto, fonte potencial de sementes e propágulos para recuperação de áreas degradadas  em diferentes classes de solos na região.

Biografia do Autor

Sabrina Coutro Miranda

Botânica, UnB. Bolsista de MEstrado CAPES.

Manoel Cláudio da Silva Júnior, Engenharia Florestal, Universidade de Brasí­lia.

Pesquisador 2 CNPq

Leandro Almeida Salles, Engenharia Florestal, Universidade de Brasí­lia.

Bolsista PIBIC - CNPq

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Publicado

2015-08-13

Como Citar

Miranda, S. C., da Silva Júnior, M. C., & Salles, L. A. (2015). A comunidade lenhosa de cerrado rupestre na Serra Dourada, Goiás. Heringeriana, 1(1), 43–53. https://doi.org/10.17648/heringeriana.v1i1.117

Edição

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