Malvaceae em fragmentos de Cerrado na cidade de Caxias, Maranhão, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17648/heringeriana.v16i1.918001

Palavras-chave:

Levantamento, Malvales, Taxonomia

Resumo

Malvaceae está entre as dez maiores famílias de Angiospermas no Brasil e possui no domínio fitogeográfico Cerrado seu segundo maior número de registros de espécies. Diante da diversidade da família e algumas lacunas de conhecimento principalmente no estado do Maranhão, o presente trabalho objetiva conhecer a diversidade de Malvaceae na cidade de Caxias, Maranhão, catalogando, caracterizando os aspectos morfológicos e elaborando chave de identificação para as espécies. Foram realizadas coletas em fragmentos vegetacionais de Cerrado e em pontos aleatórios da cidade, além de consultas ao acervo do Herbário Prof. Aluízio Bittencourt do CESC/UEMA. Foram identificadas vinte e nove espécies, 16 gêneros e sete subfamílias de Malvaceae na cidade de Caxias. Os gêneros mais representativos foram Sida com nove espécies, seguido de Helicteres com cinco espécies e Hibiscus com duas espécies. Tratando-se de distribuição, as espécies Helicteres aspera, Helicteres guazumifolia e Sida angustissima são novos registros para o Maranhão. Além disso, ampliou-se a ocorrência de nove espécies que não possuíam registros para a cidade de Caxias. Dessa forma o presente estudo contribui de forma significativa ao conhecimento de Malvaceae na cidade de Caxias e principalmente no estado do Maranhão, além disso, reforça-se que locais como a Área de Proteção Ambiental do Inhamum (área onde foram coletadas as espécies endêmicas e os novos registros), necessitam de ações de conservação para preservação da biodiversidade local.

Biografia do Autor

Claudeson de Oliveira Velozo, Universidade Estadual do Maranhão

Programa de Pós-graduação em Biodiversidade, Ambiente e Saúde - PPGBAS

Larissa Nascimento dos Santos, Universidade Estadual do Maranhão

Laboratório de Biologia Vegetal – LABIVE

Guilherme Sousa da Silva, Universidade Estadual de Campinas

Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal - PPGBV

Laíce Fernanda Gomes de Lima, Universidade Estadual do Maranhão

Departamento de Química e Biologia

Referências

APG IV. (2016). An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society 181: 1-20. https://doi.org/10.1111/boj.12385

Beentje, H. J. (2012). The Kew Plant Glossary: An Illustrated Dictionary of Plant Terms. Royal Botanic Gardens, Kew, Richmond, Surrey. x + 160 pp.

Bovini, M. G. (2022). Sida in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB9205 (Acesso: 23 março 2022).

Bovini, M.G., Carvalho-Okano, R.M., & Vieira, M.F. (2001). Malvaceae Juss. no Parque Estadual do Rio Doce, MG, Brasil. Rodriguésia 52: 17-47. https://doi.org/10.1590/2175-78602001528102

Brandão, J. L., Baracho, G. L., Sales, M. F., & Filho, P. V. (2017). Synopsis of Sida (Malvaceae, Malvoideae, Malveae) in the state of Pernambuco, Brazil. Phytotaxa 307(3):205. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.307.3.5

Brunken, U., & Muellner, A.N. (2012). A new tribal classification of Grewioideae (Malvaceae) based on morphological and molecular phylogenetic evidence. Systematic Botany 37: 699-711. https://doi.org/10.1600/036364412X648670

Colli-Silva, M., & Antar, G. M. (2022). Helicteres in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:

http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB32877 (Acesso:23 março 2022).

Costa, L. B. S., Pires, C. S., Anjos, J. S., Correia, B. E. F., & Almeida Jr, E. B. (2017). Floristic survey of ornamental plants used in Dom Delgado University City at the Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão State, Brazil. Ornamental Horticulture 4:451-459. https://doi.org/10.14295/oh.v23i4.1129

CRIA (Specieslink). Centro de Referência em Informação Ambiental. Disponível em: http://www.cria.org.br/ . (Acesso: 10 fevereiro 2022).

Cristóbal, C. L. (2001). Taxonomia del gênero Helicteres (Sterculiaceae). Revisión de las especies americanas. Bonplandia 11: 1-206. https://doi.org/10.30972/bon.111-43944

Cruz, F. R., & Esteves, G. L. (2009). Sterculiaceae. In: Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Wanderley, M. G. L., Shepherd, G. J., Melhem, T. S., Giulietti, A. M., & Martins, S. E. Instituto de Botânica, FAPESP 6: 257-284.

Duarte, M. C., Esteves, G. L., Semir, J. (2007). Bombacaceae. In: WANDERLEY, M. G. L., SHEPERD, G. J.; MELHEM, T. S.; GIULIETTI, A. M. 2007. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial: 21-35.

Esteves G. L., & Ferrucci M. S. (2006). Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais: Tiliaceae. Boletim do Instituto de Botânica 24: 119-120. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v24i1p119-120

Esteves, G. L., Duarte, M. C., & Takeuchi C. (2014). Sinopse de Hibiscus L. (Malvoideae, Malvaceae) do Estado de São Paulo, Brasil: espécies nativas e cultivadas ornamentais. Hoehnea 41: 529-539. https://doi.org/10.1590/2236-8906-10/2014

Esteves, G. L. (2001). O gênero Pavonia Cav. (Malvaceae) na região sudeste do Brasil. Boletim do Instituto de Botânica de São Paulo, 15:125-194.

Esteves, G. L., & Krapovickas, A. (2009). Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais: Malvaceae. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 27:63-719. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v27i1p63-71

Fernandes-Junior, A. J., & Konno, T. U. P. (2017). Malvaceae do Parque Estadual de Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil. Hoehnea 44:505-523. https://doi.org/10.1590/2236-8906-102/2016

Fidalgo, O., & Bononi, V. L. R. (1989). Técnicas de coleta, preservação e herborização de material Botânico. 1ª ed. São Paulo, Instituto de Botânica.

Figueredo, S. S., Monteiro, F. K. S., & Melo, J. I. M. (2020). Flora of Paraíba, Brazil: Bombacoideae Burnett (Malvaceae). Biota Neotropica 20(2): e20190837. https://doi.org/10.1590/1676-0611-BN-2019-0837

Flora e Funga do Brasil (2022). Lista de Espécies da Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br . (Acesso: 1 abril 2022).

IBGE. (2020). Divisão Territorial Brasileira. Disponível em https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/estrutura-territorial/23701-divisao-territorial-brasileira.html?edicao=30111&t=acesso-ao-produto . (Acesso: 10 janeiro 2022).

IPNI. International Plant Names Index. Disponível em http://www.ipni.org/ (Acesso: 10 fevereiro 2022).

Lima, J. B., Bovini, M. G., & Conceição A. S. (2019). Bombacoideae, Byttnerioideae, Grewioideae and Helicterioideae (Malvaceae s.l.) in the Raso da Catarina Ecoregion, Bahia, Brazil. Biota Neotropica 19:1-21. https://doi.org/10.1590/1676-0611-BN-2018-0569

Lima, J. B., & Conceição A. S. (2016). Malvoideae Burnett (Malvaceae) in the Environmental Protection Area Serra Branca, Raso da Catarina, Jeremoabo, Bahia, Brazil. Biota Neotropica 16: 1-14. https://doi.org/10.1590/1676-0611-BN-2016-0187

Nascimento, J. M., Gomes, G. S., Silva, G. S., Silva, D. L. S., Araújo, M. F. V., & Conceição, G. M. (2020). Ampliando a Ocorrência de Malvaceae para o Maranhão, Brasil. Research, society and development 4:1-11. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2612

Nyffeler, R., Bayer, C., Alverson, W. S., Yen, A., Whitlock, B. A., Chase, M. W., & Baum, D. A. (2005). Phylogenetic analysis of the Malvadendrina clade (Malvaceae s.l.) based on plastid DNA sequences. Organisms, Diversity & Evolution 5: 109-123.

https://doi.org/10.1016/j.ode.2004.08.001

Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. 1ª ed. Santa Maria, Núcleo de Tecnologia Educacional da Universidade Federal de Santa Maria.

Quartaroli C. F., Miranda, E. E., Hott, M. C., & Valladares, G. S. (2008). Classificação e Quantificação das Terras do Estado do Maranhão quanto ao Uso, Aptidão Agrícola e Condição Legal de Proteção. 1ª ed. Campinas, EMBRAPA.

Radford, A. E., Dickson, W. C., Massey, J. R., & Bell, C. R. (1974). Vascular Plants Systematics. Harper & Row, New York.

Reis, C. S., & Conceição, G. M. (2010). Aspectos florísticos de um fragmento de vegetação, localizado no município de Caxias, Maranhão, Brasil. Scientia Plena 6: 2-17.

Simpson, M. G. (2006). Plant Systematics. Elsevier Academic Press, San Diego.

Sousa, D. H, Silva G. S., Gomes G. S., Nascimento J. M., & Conceição, G. M. (2022). Checklist of Angiosperms of a Cerrado Environmental Protection Area in the State of Maranhão, Brazil: floristic composition and new occurrences. Caldasia 44(1):19–29.

https://doi.org/10.15446/caldasia.v44n1.88566

Souza, S. M., Monteiro, F. K. S., & Melo, J. I. M. (2020). Grewioideae Dippel (Malvaceae) no Estado da Paraíba, Brasil. Hoehnea 47: e122019.

https://doi.org/10.1590/2236-8906-12/2019

Souza, V. C., & Lorenzi, H. (2005). Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APGII. Nova Odessa: Instituto Plantarum. 1-640.

TROPICOS. Missouri Botanical Garden. Disponível em: www.tropicos.org. (Acesso: 20 março 2022).

Yoshikawa V.N., & Duarte M.C. (2017). Estudo taxonômico de Malvaceae no Parque Natural Municipal Francisco Affonso Mello, Mogi das Cruzes, SP. Revista Científica Universidade Mogi das Cruzes 2:1-16.

Downloads

Publicado

2022-10-19

Como Citar

Velozo, C. de O. ., Santos, L. N. dos, Jesus, J. I. da S. ., da Silva, G. S., & Lima, L. F. G. de. (2022). Malvaceae em fragmentos de Cerrado na cidade de Caxias, Maranhão, Brasil. Heringeriana, 16(1), e918001. https://doi.org/10.17648/heringeriana.v16i1.918001

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.