Myrtaceae in Alto Quiriri, Garuva, Santa Catarina, Brasil.
DOI:
https://doi.org/10.70782/heringeriana.v19ib.918062Palavras-chave:
Mirtáceas, Iquererim, Floresta AtlânticaResumo
A florística de Myrtaceae na região do Alto Quiriri (Santa Catarina) foi realizada através de expedições de coleta em refúgios vegetacionais altomontanos e floresta ombrófila densa altomontana, em cotas acima dos 1000 metros de altitude sobre o nível do mar e através da análise de materiais coletados por outros pesquisadores, resultando em 37 espécies nativas, incluídas em 9 gêneros. Destacam-se os gêneros Myrceugenia, Myrcia e Eugenia com, respectivamente, 11, 10 e 9 espécies, seguidos de Psidium com duas espécies e Blepharocalyx, Myrciaria, Pimenta, Plinia e Siphoneugena representados por uma espécie. São fornecidas chaves de identificação, descrições, ilustrações, comentários taxonômicos e informações sobre a distribuição geográfica das espécies de Myrtaceae do Alto Quiriri. Cinco espécies estão na lista nacional de espécies ameaçadas e Eugenia quiriri tem sua inclusão sugerida.
Referências
- Brummitt, R. K. & Powell, C. E. 1992. Authors of plants names. Royal Botanical Garden, Kew. 732p.
- CRIA 2020 (Centro de Referência e Informação Ambiental). SpeciesLink. Disponível em:<http://splink.cria.org.br/>. Acesso em: 25 out 2020.
- França, G. S. & Stehmann, J. R. 2004. Composição florística e estrutura do componente arbóreo de uma floresta altimontana no município de Camanducaia, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 27(1): 19-30.
- Gonçalves, E. G. & Lorenzi, H. 2007. Morfologia Vegetal. Organografia e dicionário Ilustrado de Morfologia das plantas vasculares. Instituto Plantarum de estudos da flora, São Paulo. 445p.
- Gonçalves, M. L., Carvalho, R. J., Voltz, R. R. & Barbosa, A. 2002. Descrição dos aspectos fisiográficos da bacia do rio Cubatão, região nordeste de Santa Catarina. Revista Saúde e Ambiente 3(2): 49-59.
- Gonçalves, M. L., Zanotelli, C. T. & Oliveira, F. A. 2006. Diagnóstico e prognóstico das disponibilidades e demandas hídricas do Rio Cubatão do Norte, Joinville, Santa Catarina. Ed. da UNIVILLE, Joinville. 92 p.
- Kawasaki, M.L. 1989. Flora da serra do Cipó, Minas Gerais: Myrtaceae. Boletim de botânica da Universidade de São Paulo. 11:121-160.
- Koehler, A., Galvão, F. & Longhi, S. J. 2002. Floresta ombrófila densa altomontana: aspectos florísticos e estruturais em diferentes trechos na serra do mar, PR. Ciência Florestal 12(2): 27-39.
- Landrum, L.R. 1981. A monograph of the genus Myrceugenia. Flora Neotropica 29:1-137.
- Landrum, L.R. 1986. A monograph of the genus Campomanesia, Pimenta, Blepharocalyx, Legrandia, Acca, Myrrhinium and Luma (Myrtaceae). Flora Neotropica 29: 1-137.
- Landrum & Kawasaki, M. L. 1997. The genera of Myrtaceae in Brazil: an illustrated synoptic treatment and identification keys. Brittonia 49(4): 508-536.
- Lannoy, L.C. de, Goldenberg, R. & Lima, D.F. 2019. Taxonomic rearrangements and typifications in Myrcia sect. Tomentosae (Myrteae, Myrtaceae). Phytotaxa 404 (3): 111–120.
https://doi.org/10.11646/phytotaxa.404.3.3
- Legrand, C. D. & Klein, R. M. 1967. Gomidesia O.Berg. (Fasc. Mirt.) In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. Pp. 01-44.
- Legrand, C.D. & Klein, R.M. 1969a. Eugenia L. (Fasc. Mirt.) In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. Pp. 45-216.
- Legrand, C. D. & Klein, R. M. 1969b. Myrcia DC. (Fasc. Mirt.) In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. p. 217-330
- Legrand, C. D. & Klein, R. M. 1970. Myrceugenia O. Berg (Fasc. Mirt.) In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. Pp. 331-453.
- Legrand, C. D. & Klein, R. M. 1971. Calyptranthes Sw. (Fasc. Mirt.) In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. p. 489-552.
- Legrand, C. D. & Klein, R. M. 1977a. Campomanesia, Feijoa, Britoa, Myrrhinium, Hexaclamys, Siphoeugena, Myrcianthes, Neomitranthes, Psidium. (Fasc. Mirt.) In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. p. 571-730.
- Legrand, C. D. & Klein, R. M. 1977b. Suplemento I. (Fasc. Mirt.) In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. p. 1-34.
- Legrand, C. D. & Klein, R. M. 1978. Myrciaria, Pseudocaryophyllus, Blepharocalyx, espécies suplementares, espécies cultivadas, generalidades. (Fasc. Mirt.) In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. p. 731-876.
- Lourenço, A.R. ; Burton, G.P. Alves, M. & Lucas, E. 2020. Myrcia sect. Calyptranthes (Myrtaceae) from the Atlantic Forest, Brazil. Phytotaxa 460(1) 012-58.
https://doi.org/10.11646/phytotaxa.460.1.2
- Lucas, E.J.; Amorim, B.S.; Lima, D.F.; Lima-Lourenço, A.R.; Nic Lughadha, E.M., Proença, C.E.B.; Rosa, P.O.; Rosário, A.S., Santos, L.L.; Santos, M.F.; Souza, M.C.; Staggemeier, V.G.;
Vasconcelos, T.N.C. & Sobral, M. 2018.A new infra-generic classification of the species-rich Neotropical genus Myrcia s.l. Kew Bulletin 73:9.
DOI 10.1007/S12225-017-9730-5
- Lucas, E. J.; Holst, B.; Sobral, M.; Mazine, F. F.; Nic Lughadha, E. M.; Proença, C. E. B.; Costa, I. R. & Vasconcelos, T. N. C. 2019. A new subtribal classification of tribe Myrteae (Myrtaceae). Systematic Botany 44: 560–569.
- Lughadha, E. M. Nic; Lucas, E. J. & Woodgyer E. M. 2012. Additions to Myrcia s.l. from Eastern Brazil — taxonomic and nomenclatural novelties in Myrcia s.l. (Myrtaceae). Kew Bulletin 67: 1-9.
- Mazine, F. F. & Souza, V. C. 2008. Myrtaceae dos campos de altitude do parque nacional do Caparaó – Espírito Santo/Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia 59(1): 57-74.
- Meireles, L. D., Shepherd, G. J. & Kinoshita, L. S. 2008. Variações na composição florística e na estrutura fitossociológica de uma floresta ombrófila densa alto-montana na Serra da Mantiqueira, Monte Verde, Minas Gerais. Revista Brasileira de Botânica 31(4): 559-574.
- Meyer, F.S. & Goldenberg, R. 2016. Four new species of Chaetogastra (Melastomeae, Melastomataceae) from Southern Brazil. Phytotaxa 282 (4): 239–258.
http://dx.doi.org/10.11646/phytotaxa.282.4.1
- Morais P.M. & Lombardi J.A. 2006. A Família Myrtaceae na Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Caraça, Catas Altas/Minas Gerais, Brasil. Lundiana 7(1) 3-32.
- Mori, S. A.; Boom, B. M.; Carvalino, A. M. de & Santos, T. S. dos. 1983. Ecological importance of Myrtaceae in eastern Brazilian wet Forest. Biotropica 15(1) 68-70.
- Murray-Smith, C., N. A. Brummitt, A. T. Oliveira-Filho, S. Bachman, J. Moat, E. M. Nic Lughadha, and E. J. Lucas. 2009. Plant diversity hotspots in the Atlantic coastal forests of Brazil. Conservation Biology 23: 151–163. - Myrcia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10754>. Acesso em: 03 out. 2020 - Plinia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10824>. Acesso em: 24 set. 2020
- Portes, M. C. G. de O.; Galvão, F.; Koehler, A. 2001. Caracterização florística e estrutural de uma Floresta Ombrófila Densa Altomontana do morro do Anhangava, Quatro Barras - PR. Revista Floresta 31(1-2): 9-18.
*- Proença, C.E.B. 1990. A revision of Siphoneugena. Edinburgh jornal of Botany 47:239-271.
- Rabuske-Silva, C. & Iganci, J.R.V. 2019. Valeriana sobraliana (Valerianaceae), a new species from Southern Brazil. Phytotaxa 423 (1): 010–020.
https://doi.org/10.11646/phytotaxa.423.1.2
- Reflora: Herbário Virtual. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ Acesso em 10/11/2020.
- Reitz, R. 1965. Plano de coleção. In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí. 71p.
- Rocha, M. do R. L. 1999. Caracterização fitossociológica e pedológica de uma floresta altomontana no Parque Estadual Pico do Marumbi, Morretes, PR. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 81p.
- Roderjan, C.V. 1994. A floresta altomontana no Morro Anhangava, Quatro Barras, PR – aspectos climáticos, pedológicos e fitossociológicos. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 119p.
- Santos, M.F., Lucas, E. & Sano, P.T. 2018. A taxonomic monograph of Myrcia sect. Sympodiomyrcia (Myrteae, Myrtaceae). Phytotaxa 380(1): 1 – 114.
- Scheer, M. B. & A. Y., Mocochinski. 2009. Florística vascular da floresta altomontana de quatro serras no Paraná. Biota Neotropica 9(2) 51-69.
- Siphoneugena in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10890>. Acesso em: 23 out. 2020
- Sobral, M. 2003. A família das Myrtaceae no Rio Grande do Sul. Ed. Unisinos, São Leopoldo. 218p.
- Sobral, M. 2011. Eugenia (Myrtaceae) no Paraná. Ed. Edul, Londrina, 236p.
- Sobral, M., Molz, M. & F.C.S.Vieira. Two new species and one nomenclatural note in Myrtaceae from Santa Catarina, Brazil. Phytotaxa 425(2) 096-104.
- Tuler, A.C., Carrijo, T.T., & Peixoto, A.L.. (2017). Revisitando a flora de Macaé de Cima, Rio de Janeiro, Brasil: o gênero Psidium (Myrtaceae). Rodriguésia, 68(4), 1323-1331.
https://doi.org/10.1590/2175-7860201768414
- Urtubey, E. 2019. Hieracium reitzianum (Asteraceae, Cichorieae), a New Species from Brazil. Novon 27: 140–143.
doi: 10.3417/2019396
- Vasconcelos, T. N. C., G. Prenner, and E. J. Lucas. 2019. A systematic overview of the floral diversity in Myrteae (Myrtaceae). Systematic Botany 44: 570–591.
- Veloso, H. P. 1992. Sistema fitogeográfico; p.9-38. in Manual técnico da vegetação brasileira. (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ed.) IBGE, Rio de Janeiro.
- Vieira, F.C.S. & Quadros, K. E. 2010. Myrtaceae, Myrcia squamata (Mattos and D. Legrand) Mattos and Myrceugenia seriatoramosa (Kiaersk.) D. Legrand & Kausel in Santa Catarina: Distribution extension. Check List 6:488–490.
- Vieira, F.C.S.; Meireles, L.D. Myrceugenia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10631>. Acesso em: 05 out. 2020
- Vilalva, F. C. J. 2007. Petrografia e mineralogia de granitos peralcalinos: o Plúton Papanduva, Complexo Morro Redondo (PR/SC). Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo, São Paulo, 289 p.
- Wagner, M. A. & Fiaschi, P. 2020. Myrtaceae from the Atlantic forest subtropical highlands
of São Joaquim National Park (Santa Catarina, Brazil). Rodriguésia. V. 71, e04032017
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Fábio Christiano Speck Vieira, Reginaldo José de Carvalho, Paulo T. Sano

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao fazer a submissão, os autores declaram não ter submetido o trabalho a outra revista e concordam em ter seu artigo publicado sob Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional BY (CC BY 4.0), que significa que os autores mantêm a propriedade dos direitos autorais, mas qualquer pessoa pode usar o conteúdo publicado, desde que os autores originais e a fonte sejam citados. O conteúdo científico, ortográfico e gramatical é de total responsabilidade dos autores.